O CALENDÁRIO DA MODA MUDOU E AGORA?

 

     A mudança repentina das datas dos desfiles gerou muita polêmica no mundo da moda, muitas marcas se dividiram com opiniões opostas sobre o impacto desta mudança.

     A grande vantagem é que agora a moda brasileira vai acompanhar o calendário internacional o que vai ser muito bom para a nossa imagem no exterior, porque estaremos alinhados com as grandes marcas internacionais. Pode ser que agora aparecerão novos grandes estilistas nacionais já que vai ser a oportunidade de nos diferenciarmos com criações autorais.

     Além do mais a antecipação de mais três meses vai aumentar o tempo entre a feira e a entrega evitando atrasos e cancelamentos de produção no atacado que agora terão mais tempo para planejarem as compras, antes as empresas trabalhavam com apostas fazendo os pedidos antes das feiras o que as vezes gerava sobra de estoque. 

     É importante salientar que grandes marcas como Ellus, Dudalina, Colcci e muitas outras já trabalham desta forma.

     Será ruim para as fast fashion, pois as pesquisas de moda será uma etapa prejudica pois as viagens para o exterior aconteciam geralmente em setembro quando entram as novas coleções. As fast fashions serão prejudicadas pois não terão mais as coleções internacionais para se expirarem.

     Outro problema no momento seria a falta de matéria-prima porque os fornecedores não tiveram tempo de se programar forçando as empresas a trabalharem só com o que tem em estoque, a tecelagem que está no topo da cadeia deveria ser preparada antes da mudança que foi muito imediata causando alarde no setor têxtil. Todas buscam se adaptar de acordo com suas estruturas.

     As feiras também sofrerão modificações antes a Minas Trend Preview que normalmente abria a estação, foi antecedida pelos desfiles da SPFW e do Fashion Rio.

     Se estas novas datas darão certo ou não, ninguém sabe, mas o momento é de mudança e toda mudança gera desconforto, mas é certo que logo todos irão se adaptar, e veremos uma mudança significativa na moda brasileira.

 Referência:

Costura perfeita ano XIV – nº69 setembro/outubro 2012